Quem matou Janjão, o anão do circo cigano? Qual o motivo do crime? Houve, realmente, um crime?

O Assassinato do Anão do Caralho Grande é um texto de Plínio Marcos dirigido por Marcelo Drummond que destila humor, sarcasmo e “verdades” politicamente incorretas para contar a história em torno da perseguição a um grupo de artistas mambembes, acusados de um inusitado assassinato. A mulher do prefeito comanda a invasão ao Gran Circus Atlas, administrado por um grupo de ciganos que são acusados de alimentar o leão Platão com gatos e cachorros, e do assassinato do anão Janjão, cujo maior “talento” era ter um pênis de tamanho exagerado.

AGENDA 2013

Data: De 06 a 15 de setembro de 2013
Local: Caixa Cultural Brasília – SBS Quadra 04, Lote ¾, ed Anexo da Matriz (Tel : 61. 3206 6456 – bilheteria)
Horário: Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h
Ingresso: Ingressos: R$ 20,00 (valor da inteira). Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, funcionários e clientes CAIXA e doadores de alimentos, roupas, brinquedos etc.
Duração do espetáculo: 1h20
Classificação etária: 14 anos

domingo, 25 de dezembro de 2011

Quem são os braços direitos de Zé Celso e Antunes Filho - Revista Bravo


Teatro e Dança

A A A
Foto Nino Andrés
extra-braco-direito
Marcelo Drummond (esq.) e Emerson Danesi. Os braços direitos de seus mestres, os diretores Zé Celso e Antunes Filho.
Se hoje Emerson Danesi acumula participações em diversas edições do Prêt-à-Porter, é professor do CPTzinho – curso de introdução ao método do o Centro de Pesquisa Teatral (CPT) - e se declara o braço direito de Antunes Filho, teve que percorrer um longo caminho até conquistar essa posição. Desde seu teste para entrar na companhia, em 1996, foram anos de aprendizado e uma gradual conquista da confiança do lendário diretor.
Já Marcelo Drummond, hoje primeiro ator do Teatro Oficina, literalmente esbarrou em Zé Celso, em 1986, no Rio de Janeiro. Apaixonados, os dois mudaram-se para São Paulo e escreveram uma história conjunta no teatro. Hoje, mesmo separados, continuam a parceria nos palcos.
Emerson e Marcelo, que em 2011 completam 15 e 25 anos nas respectivas companhias, falam a seguir sobre o CPT e o Teatro Oficina, no documentário CPT 25 Anos (filmado em 2008 por alunos do curso de Cinema Digital da Universidade Metodista de São Paulo) e em um trecho do documentário que integra os DVDs “Festival Teat(r)o Oficina”.
CPT 25 anos
Teatro Oficina

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

RITO DE ETHERNIDADE DE LUIZ - DEZ. DE 2011



Reafirmando mais uma vez o amor pela vida, a Associação Teat®o Oficina Uzyna Uzona encerra o ano com o seu Rito de Ethernidade de Luiz , onde lembra a vida de Luis Antônio Martinez Correa, vítima de assassinato em 1987. A programação – que acontece todos os anos no dia 23 de dezembro – contará com uma sessão especial da peça O Assassinato do Anão do Caralho Grande, texto de Plínio Marcos dirigido por Marcelo Drummond. No elenco, Adão Filho, Rafaela Wrigg, Rodrigo Fidelis, Fioravante Almeida, Adriana Viegas, Camilla Rios, Carolina Henriques, Glauber Amaral, João Roncatto, Tony Reis e Pedro Uchoa vivem a história em torno da perseguição a um grupo de artistas mambembes, acusados de um inusitado assassinato. Como todos os anos, a sessão do Rito de Ethernidade de Luiz será realizada às 14h30, no Teatro Oficina. O Assassinato do Anão do Caralho Grande inicia sua trama quando a frustrada mulher do prefeito de uma cidade interiorana comanda a invasão ao Gran Circus Atlas, administrado por um grupo de ciganos mambembes. Acusando a trupe de alimentar o leão Platão com gatos e cachorros, envolve a sociedade local e o delegado da cidade numa perseguição aos artistas, que acabam sendo acusados do assassinato do anão Janjão, cujo maior “talento” era ter um pênis de tamanho exagerado. A montagem estreou no dia 11 de novembro em São Paulo, numa temporada que se estendeu até o último domingo.





O Assassinato do Anão do Caralho Grande

Rito de Ethernidade de Luiz – Sessão em homenagem a Luis Antônio Martinez Corrêa
Texto de Plínio Marcos e Direção de Marcelo Drummond.
Elenco: Adão Filho, Rafaela Wrigg, Rodrigo Fidelis, Fioravante Almeida, Adriana Viegas, Camilla Rios, Carolina Henriques, Glauber Amaral, João Roncatto, Tony Reis e Pedro Uchoa.
Local: Teatro Oficina (Rua Jaceguai, 520, Bixiga. Tel: 11. 3106-2818).
Capacidade: 350 pessoas.
Data: Sessão única, no dia 23 de dezembro, às 14h30.

Ingresso: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Moradores do Bixiga terão direito à “meiadameiaprobixiga“, por R$ 5,00, mediante apresentação de comprovante de residência. A bilheteria do teatro abre duas horas antes da sessão. É possível comprar ingresso pelo email ingressosanao@teatroficina.com.br . 
Indicação etária: 14 anos.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Hoje tem!!!

Conforme divulgamos anteriormente hoje não teria apresentação, mas a agenda do teatro disponibilizou a data, então estamos hoje na Roosevelt para mais uma apresentação do "Assassinato do Anão do Caralho Grande". Última semana!!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Plínio Marcos volta aos palcos pelas mãos de ator do Oficina

06/12/2011 - 12h24
Por : Hélio Filho

Texto de Plínio Marcos sobre anão bem dotado ganha montagem em São Paulo

Marcelo Drummond é o principal nome masculino do Teatro Oficina, em São Paulo,
depois de Zé Celso e aprendeu bastante com seu mestre nos 25 anos dentro do teatro
do bairro do Bixiga para se lançar além da atuação e também dirigir espetáculos.
A nova empreitada dele é uma montagem de “O Assassinato do Anão do Caralho
Grande”, peça de Plínio Marcos que destila humor, sarcasmo e “verdades”
politicamente incorretas.


Pelas mãos dele, voltam ao palco em São Paulo os artistas da trupe do Gran Circus Atlas, 
comandado por ciganos mambembes e invadido após a denúncia de que o anão do nome 
da peça, Janjão, que tem um membro bem caprichado no tamanho, foi assassinado por 
seus colegas de circo. Puro sarcasmo para criticar e tirar sarro dos valores da sociedade.



“Pensei encontrar um Plínio violento, mas encontrei uma peça solar, leve, engraçada”, 
comenta Marcelo, que imprimiu em sua direção, a sexta que assina sozinho, uma 
“atuação coral falada”. “É um texto leve, mesmo tocando nas feridas do preconceito”, 
afirma.

No elenco, Adão Filho, Rafaela Wrigg, Rodrigo Fidelis, Fioravante Almeida, Adriana 
Viegas, Camilla Rios, Carolina Henriques, Glauber Amaral, João Roncatto, Tony Reis 
e Pedro Uchoa. A peça fica em cartaz até o dia 18 de dezembro no Studio 184, 
sempre às sextas e sábados, às 23h, e domingos, às 20h.



O Assassinato do Anão do Caralho Grande - até 18 de dezembro 
(não haverá sessão no dia 16/12)

Studio 184: Praça Roosevelt, 184 – Centro

Tel.: (11) 3259-6940

R$ 30 (inteira)

14 anos

domingo, 4 de dezembro de 2011

ÚLTIMAS SEMANAS DE "O ASSASSINATO DO ANãO DO CARALHO GRANDE".

O Assassinato do Anão do Caralho Grande
Texto: Plínio Marcos.
Direção: Marcelo Drummond.
Elenco: Adão Filho, Rafaela Wrigg, Rodrigo Fidelis, Fioravante Almeida, Adriana Viegas, Camilla Rios, Carolina Henriques, Glauber Amaral, João Roncatto, Tony Reis e Pedro Uchoa.
Direção de arte: Carila Matzenbacher e Pedro Felizes.
Figurino: Sonia Ushiyama e Amanda Mirage.
Luz: Ricardo Morañez.
Maquiagem:
 Valério Peguini
Preparação corporal: Dora Smék.
Trilha sonora: Zé Pi. Participação especial de Ito Alves (percussão) e Leticia Coura (cavaquinho) na gravação da trilha.
Administração: Luciana Nardelli.
Local: Studio 184 (Pça Roosevelt, 184 – Centro – Tel: 11. 3259-6940).
Data: Até 18 de dezembro, sempre às sextas e sábados, às 23h, e domingos, às 20h. (Não haverá sessão no dia 16/12)
Ingresso: R$ 30,00 (inteira). Meia entrada para estudantes e classe artística, mediante apresentação de comprovante. (Também aceitamos carteirinha de estudante falsificada) A bilheteria abre duas horas antes de cada sessão. É possível comprar ingresso pelo email ingressosanao@teatroficina.com.br .
Capacidade: 100 pessoas. Acesso a deficiente físico.
Indicação etária: 14 anos.
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Marcelo Drummond dirige trama policial de Plínio Marcos

Redação do Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)
"O Assassinato do Anão do Caralho Grande"
SÃO PAULO – Quem matou Janjão, o anão do circo cigano? Qual o motivo do crime? Houve, realmente, um crime? Em torno desse mistério gira em O Assassinato do Anão do Caralho Grande, peça de Plínio Marcos, que destila humor, sarcasmo e “verdades” politicamente incorretas para contar a história em torno da perseguição a um grupo de artistas mambembes, acusados de um inusitado assassinato. A trama policial ganha tons fortes de farsa nas mãos do ator e diretor Marcelo Drummond, que assina a direção da montagem. A peça fica em cartaz até o dia 18 de dezembro no Studio 184 (Pça. Roosevelt), sempre às sextas e sábados, às 23h, e domingos, às 20h.
A frustrada mulher do prefeito da cidade interiorana onde se passa a trama inicia toda a história, quando comanda a invasão ao Gran Circus Atlas, administrado por um grupo de ciganos mambembes. Acusando a trupe de alimentar o leão Platão com gatos e cachorros, envolve a sociedade local e o delegado da cidade numa perseguição aos artistas, que acabam sendo acusados do assassinato do anão Janjão, cujo maior “talento” era ter um pênis de tamanho exagerado.
“Pensei encontrar um Plínio violento, mas encontrei uma peça solar, leve, engraçada”, comenta o diretor Marcelo Drummond, que imprimiu em sua direção (a sexta que assina sozinho) uma “atuação coral falada”. “É um texto leve, mesmo tocando nas feridas do preconceito”, afirma.
Em cena, os atores Adão Filho, Rafaela Wrigg, Rodrigo Fidelis, Fioravante Almeida, Adriana Viegas, Camilla Rios, Carolina Henriques, Glauber Amaral, João Roncatto, Tony Reis e Pedro Uchoa dão vida à história que mistura comédia e drama policial para falar de intolerância e briga por pequenos poderes.
O autor, Plínio Marcos
O elenco é formado por muitos atores com quem Drummond conviveu no Teatro Oficina, nesses 25 anos de trabalho com o grupo. Mas inclui também artistas recém chegados a São Paulo, com quem estabeleceu uma convivência de amizade.
“Gosto de ver e ouvir um elenco com tantos sotaques diferentes”, brinca.
A equipe da montagem inclui ainda as figurinistas Sonia Ushyiama e Amanda Mirage, as cenógrafos Carila Matzenbacher e Pedro Felizes, o iluminador Ricardo Morañez, o maquiador Valério Peguini e o músico Zé Pi.
O Assassinato do Anão do Caralho Grande
Texto: Plínio Marcos.
Direção: Marcelo Drummond.
Elenco: Adão Filho, Rafaela Wrigg, Rodrigo Fidelis, Fioravante Almeida, Adriana Viegas, Camilla Rios, Carolina Henriques, Glauber Amaral, João Roncatto, Tony Reis e Pedro Uchoa.
Local: Studio 184 (Pça Roosevelt, 184 – Centro – Tel: 11. 3259-6940).
Data: De 11 de novembro a 18 de dezembro (não haverá sessão nos dias 18/11 e 16/12).
Ingresso: R$ 30,00 (inteira). Meia entrada para estudantes e classe artística, mediante apresentação de comprovante. A bilheteria do teatro abre duas horas antes de cada sessão. É possível comprar ingresso pelo email ingressosanao@teatroficina.com.br  .
Capacidade: 100 pessoas. Acesso a deficiente físico.
Indicação etária: 14 anos.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Rafaela Wrigg, idealizadora da montagem, fala como foi o caminho até chegar ao Anão.

Foto: Gisela Schlögel


Para descrever como nasceu a idéia do espetáculo O Assassinato do Anão do Caralho Grande, sinto necessidade de voltar no tempo e contar primeiro minha história com o Teatro Oficina. Para isso utilizarei um trecho da Apresentação da minha monografia “Tudo a Fazer, Todos a fazer: estudo das diferentes formas de presença do coro no espetáculo Cacilda! de José Celso Martinez Corrêa”, que defendi em 2005, me formando em Teoria do Teatro pela UNI RIO.  Lá descrevo:
“O primeiro contato que tive com a obra de Zé Celso e o Teatro Oficina se deu em 1997 quando, ainda aluna em um curso profissionalizante de ator, me foi designada a tarefa de apresentar um trabalho sobre o grupo. Mas ao tomar contato com sua obra, não a atual, pois meu trabalho abordava seu teatro apenas até o exílio de Zé Celso em 1974, fiquei impressionada com o ideário e realizações do grupo e principalmente com as opiniões e o modo peculiar de Zé Celso se expressar.
No ano seguinte, 1998, Zé Celso trouxe alguns de seus trabalhos mais recentes para o Rio de Janeiro, e eu pude então conhecer o que o Teatro Oficina Uzyna Uzona estava produzindo na década de 90. O primeiro espetáculo a que assisti foi Taniko, no Teatro Planetário (hoje Maria Clara Machado). É difícil falar sobre essa primeira impressão. Um misto de admiração e desapontamento, pois achei Taniko um espetáculo bonito, mas suave.
Após minhas leituras dos textos críticos sobre a obra de Zé Celso e de suas próprias palavras sobre suas pretensões, eu esperava algo mais violentamente contestatório. Mas eu havia lido sobre o Oficina da década de 60/70 e o que eu via agora era o Uzyna Uzona, que tinha percorrido um longo caminho durante as décadas de 80 e 90. Porém, o que eu pude compreender mais tarde é que o que eu havia gostado em Taniko, apesar de ter outras expectativas, foram elementos que, naquele momento, eu não podia perceber inteiramente. Como, por exemplo, a figura de Marcelo Drummond, que neste primeiro contato provocou em mim um misto de incômodo e admiração. (...)
Alguns dias depois, eu assisti a Pra dar um fim no juízo de Deus, no Centro Cultural Hélio Oiticica, e então me encantei com o trabalho do grupo. A partir deste espetáculo, consegui compreender Taniko e Marcelo, que tem aqui uma atuação excepcional, unindo vigor e sutileza.”
Depois disso, passei a assistir todas as peças do grupo, vindo a São Paulo regularmente. Participei de Workshops, ensaios abertos, palestras, etc. O Oficina passou a ser uma referência fortíssima no meu trabalho. Passei a admirar profundamente o trabalho do Marcelo, tanto como ator, que considero um dos melhores, senão o melhor do Brasil. Sem rasgação de seda. Quem me conhece sabe que falo isso desde 1998. Mas também como diretor. Tive a oportunidade de ver alguns de seus espetáculos, como: Os Malefícios do Tabaco e O Assalto. E foi crescendo a vontade de trabalhar com ele.
Em 2010 as Dionizíacas passaram pelo Rio e foi como um furacão na minha vida. Ter a oportunidade de conviver e ver as pessoas que eu admirava tanto no trabalho, quanto no bar, maravilhosos encontros na Lapa, fizeram tudo mudar. Passei um mês em São Paulo participando das Dionizíacas daqui. E foi nesse momento, durante uma festa, que conheci o Fioravante Almeida, ex-ator do Oficina. Ficamos amigos e quando me mudei prá São Paulo, esse ano, começou a nascer a idéia de chamar o Marcelo para dirigir um espetáculo. Fiquei empolgadíssima e, por incrível que pareça, ele topou. Fizemos algumas leituras até chegar nesse texto, sugerido pelo Fioravante. Mas a primeira vez que lemos o Anão (apelido carinhoso), bateu. Apesar de precisar de vários atores e da falta de patrocínio, o desejo falou mais alto. A partir de então as pessoas foram chegando aos poucos, pessoas que o Marcelo tinha vontade de trabalhar, pessoas que tinham vontade de trabalhar com o Marcelo, e umas pessoas foram chamando outras e, de repente, a peça aconteceu. 

Ensaio no Teatro Oficina, 19/11/2011

Marcelo Drummond e Zé Pi na composição da trilha do Anão

sábado, 12 de novembro de 2011

Último dia nas Satyrianas!

Quem quiser Pagar o Máximo que Puder para ver 

O Assassinato do Anão do Caralho Grande 

tem apenas hoje!

Adão Filho
Foto: Gisela Schlögel
Após as Satyrianas a temporada segue até 18/12 
com ingressos a R$ 30,00.

Dia 13/11/2011 às 20h

Teatro Studio 184 - Praça Roosevelt, 184 

Nas Satyrianas

Rafaela Wrigg, Adão Filho e Camilla Rios
Foto Gisela Schlögel

O Assassinato do Anão do Caralho Grande está na programação das Satyrianas:

Pague o Máximo que Puder

Sábado às 23h

Domingo às 20h

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PAGUE QUANTO QUISER NO INGRESSO DO ANÃO!


João Roncato
Foto: Luciana Nardelli

Na semana de estreia (dias 11, 12 e


 13/11), em apoio às Satyrianas, pague o máximo que puder no ingresso da peça O Assassinato do Anão do Caralho Grande! A bilheteria do Studio 184 abre duas horas antes de cada sessão, mas você pode comprar seu ingresso pelo e-mail ingressosanao@teatroficina.com.br .



A montagem tem texto de Plínio Marcos dirigido por Marcelo Drummond, destilando humor, sarcasmo e “verdades” politicamente incorretas para contar a história em torno da perseguição a um grupo de artistas mambembes, acusados de um inusitado assassinato. A mulher do prefeito comanda a invasão ao Gran Circus Atlas, administrado por um grupo de ciganos que são acusados de alimentar o leão Platão com gatos e cachorros, e do assassinato do anão Janjão, cujo maior “talento” era ter um pênis de tamanho exagerado.

A peça fica em cartaz de 11 de novembro a 18 de dezembro no Studio 184 (Pça Roosevelt, 184 – Centro – Tel: 11. 3259-6940), sempre às sextas e sábados, às 23h, e domingos, às 20h. Ingresso: R$ 30,00 (inteira). OBS: Não haverá sessão nos dias 18/11 e 16/12.

ENTREVISTA COM MARCELO DRUMMOND SOBRE O ASSASSINATO DO ANÃO



A peça O Assassinato do Anão do Caralho Grande é a sexta montagem que o ator e diretor Marcelo Drummond assina sozinho. O texto de Plínio Marcos conta a história em torno da perseguição a um grupo de artistas mambembes, acusados de um inusitado assassinato. Nessa entrevista, Marcelo fala sobre sua relação com Plínio Marcos e sobre a experiência de dirigir mais um espetáculo.

Você conhecia o Plínio Marcos?
MD – Conheci o Plínio Marcos, o vi várias vezes, mas nunca fomos amigos de fato, apesar de o ter encontrado no Gigeto várias vezes, onde ele, segundo dizem, tinha uma permuta permanente e onde comia quase todas as noites. Nunca conversamos. Ele sempre conversava um pouco com o Zé Celso. Eu o via de sandália, bermuda, com jeito bem desbundado. Não esqueço, em 99, no dia que fazia 30 anos da morte da Cacilda: Plínio foi ao Teatro Oficina fazer um depoimento sobre Cacilda e foi ali que nos olhamos nos olhos pela primeira vez, nos falamos. Acho que foi a única vez que de fato nos falamos e vi que ali ele me olhou como uma pessoa de teatro. Senti ali que ele estava me reconhecendo como uma pessoa de teatro. Alguns meses depois Plínio morreu; me lembro muito bem na cerimônia no Teatro Sérgio Cardoso, do Léo Lama, a quem pouco encontrei, mas tenho carinho, me puxando e me dando um abraço que ele precisava, a dor maior era dele.

Como você define seu estilo como diretor?
MD – Quando me aventurei a dirigir nas primeiras vezes, descobri que não queria uma grande produção; queria tirar essa carga das costas e, com o Pascoal da Conceição, ainda nos anos 90, me aventurei a dirigir um ator. Que ator! Não tinha luz… Era qualquer coisa, o ator em cima de uma mesinha, ou cadeira, fazendo a sua palestra dos Malefícios do Tabaco. Teatro sempre começa com os atores e quero deixar desse jeito. Mesmo que nada de cenotecnologia funcione, os atores fazem acontecer! Mas, nas peças de Zé Vicente (O Assalto e Santidade), já busquei a cena com toda a luz e música, mesmo na menor dimensão, mas sempre com o ator à frente.

E como você escolhe um texto?
MD – Por ter dirigido atores do grupo em trabalhos isolados, ou em solos, entendi que dentro de um grupo grande (no caso do Oficina, enorme!), pra que a mesma prática de teatro perdure, é preciso que tenham outros trabalhos, menores. Mas nunca escolhi uma peça pra eu dirigir, um projeto que eu quisesse realizar. Sempre a situação se apresenta e, no caso de O Assassinato do Anão do Caralho Grande, não foi diferente.

Como surgiu a ideia de montar o Assassinato do Anão?
MD – O Oficina tem muitos grupos diferentes, pessoas que ficam próximas e criam um “grupo”. Saem juntas, compartilham mais ou menos das mesmas idéias, gostam das mesmas coisas, saem pra mesmas baladas etc. Eu, é claro, faço parte do Oficina como um todo. Às vezes misturo esses grupos ou acabo sendo catalisador para a formação de determinados grupos. Nesse foi assim. Vários atores com quem trabalho ou trabalhei disseram várias vezes que queriam que eu dirigisse uma peça com eles. Quando me dei conta, esses mesmos atores se tornaram amigos e me apresentaram outros amigos.

Foto: Gisela Schlögel


Mas a ideia de dirigir um texto do Plínio foi sua?
MD – Não. Foi da Rafaela Wrigg, uma carioca que acompanha o Oficina desde os anos 90 e que veio pra São Paulo pra se dedicar ao teatro, e do Fioravante Almeida, que trabalhou quase dez anos no Oficina como sonoplasta e ator. O Fioravante me inspirou a montar alguma coisa de Plínio. Sempre achei que ele tinha cara de personagem de Plínio. Ele me apresentou esta peça. Eu conhecia de nome, mas não vi a montagem que teve nos anos 90 e que fez muito sucesso. Lembro que essa peça fez parte do concurso de dramaturgia em que Cacilda! recebeu o primeiro prêmio e o Assassinato do Anão o segundo. Não esqueço também da notinha maldosa de uma coluna social dizendo que a Secretaria estava premiando um cara que não realizaria nada (o Zé Celso) e uma peça que, pelo nome, não podia ser coisa boa mesmo (se referindo ao Assassinato do Anão do Caralho Grande). Cacilda! já foi realizada com grande sucesso e até a colunista que falou que Zé Celso não realizaria nunca mais nada foi ver e gostou! E agora é com grande orgulho que apresentamos O Assassinato do Anão do Caralho Grande. Acho que a colunista não vai querer ver…

Quem mais está no elenco, além da Rafaela e do Fioravante?
MD – Tem o Adão Filho, que vi em cena pela primeira vez numa peça do Boi Voador e com quem trabalhei muitos anos no Oficina, em várias montagens; Adriana Viegas, que fazia parte do elenco dos Sertões, Bandidos e Cacilda!!; Rodrigo Fidelis, que entrou pro Oficina nas Dionisíacas em Viagem e se tornou um grande inspirador pra essa montagem, de cara se dando bem com o autor e com a personagem; Glauber Amaral, Carol Henriques e Pedro Uchoa, que vieram pra integrar a primeira turma da Universidade Antropófaga e fazem parte do elenco de Macumba Antropófaga; nas leituras apareceu o João Roncatto, que eu não conhecia, mas que foi e é o mais animado pela atuação do coro; e ainda vieram o Tony Reis, com sotaque baiano, e Camila Rios, pernambucana chegando em São Paulo, que estão em suas primeiras produções paulistas. Gosto de ver e ouvir um elenco com tantos sotaques diferentes!

Como está sendo a experiência?
MD – Penso na minha felicidade de colocar uma peça em cartaz na praça Roosevelt, ao lado dos meus amigos do Parlapatões e dos Satyros, junto com uma parte da equipe do Oficina de direção de arte (Carila Matzenbacher e Pedro Felizes), do figurino Sonia Ushyiama e Amanda Mirage, da luz de Ricardo Morañez. Tem ainda Valério Peguini na maquiagem, Dora Smék, que veio concentrar os corpos, o ator e fotografo Acauã Sol, o meu parceiro Zé Pi, que veio dar música, e Luciana Nardelli, que administra tudo isso.

Foto Gisela Schlögel

O que você pode dizer sobre a peça?
MD – O engraçado é que pensei encontrar um Plínio violento, mas encontrei uma peça solar, leve, engraçada e crítica com esse tipo de pensamento daquela colunista… Na verdade esse pensamento não reside só na colunista, mas em muitos de nós! O que da peça se apresenta pra mim é muito diferente do que eu imaginava na primeira leitura. Com o trabalho me chegou a experiência mais próxima da peça Taniko, que montamos no Oficina em 97. É uma atuação coral falada, deixando aquele clichê de que "Plinio tem que ser escroto”… Acho que seu texto pode ser leve, mesmo tocando nas feridas do preconceito, no caso contra o circo, que é enorme.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

João Roncatto, Rodrigo Fidelis e Carolina Henriques
Foto: Luciana Nardelli
Em torno desse mistério, estreia no dia 11 de novembro em São Paulo O Assassinato do Anão do Caralho Grande, peça de Plínio Marcos que destila humor, sarcasmo e “verdades” politicamente incorretas para contar a história em torno da perseguição a um grupo de artistas mambembes, acusados de um inusitado assassinato. A trama policial ganha tons fortes de farsa nas mãos do ator e diretor Marcelo Drummond, que assina a direção da montagem. A peça fica em cartaz até o dia 18 de dezembro no Studio 184 (Pça. Roosevelt), sempre às sextas e sábados, às 23h, e domingos, às 20h.
A frustrada mulher do prefeito da cidade interiorana onde se passa a trama inicia toda a história, quando comanda a invasão ao Gran Circus Atlas, administrado por um grupo de ciganos mambembes. Acusando a trupe de alimentar o leão Platão com gatos e cachorros, envolve a sociedade local e o delegado da cidade numa perseguição aos artistas, que acabam sendo acusados do assassinato do anão Janjão, cujo maior “talento” era ter um pênis de tamanho exagerado. “Pensei encontrar um Plínio violento, mas encontrei uma peça solar, leve, engraçada”, comenta o diretor Marcelo Drummond, que imprimiu em sua direção (a sexta que assina sozinho) uma “atuação coral falada”. “É um texto leve, mesmo tocando nas feridas do preconceito”, afirma.
Em cena, os atores Adão Filho, Rafaela Wrigg, Rodrigo Fidelis, Fioravante Almeida, Adriana Viegas, Camilla Rios, Carolina Henriques, Glauber Amaral, João Roncatto, Tony Reis e Pedro Uchoa dão vida à história que mistura comédia e drama policial para falar de intolerância e briga por pequenos poderes. O elenco é formado por muitos atores com quem Drummond conviveu no Teatro Oficina, nesses 25 anos de trabalho com o grupo. Mas inclui também artistas recém chegados a São Paulo, com quem estabeleceu uma convivência de amizade. “Gosto de ver e ouvir um elenco com tantos sotaques diferentes”, brinca. A equipe da montagem inclui ainda as figurinistas Sonia Ushyiama e Amanda Mirage, as cenógrafos Carila Matzenbacher e Pedro Felizes, o iluminador Ricardo Morañez, o maquiador Valério Peguini e o músico Zé Pi.

Foto Claire Jean