Nova
direção de Marcelo Drummond e co produção do Teatro Oficina Uzyna Uzona
Em 11/11/2011, estreiou na cidade de São Paulo, num dos inúmeros teatros da Praça Roosevelt, o Studio 184, a montagem de Marcelo Drummond para o
texto de Plinio Marcos “O assassinato do Anão do Caralho Grande”. Marcelo, o
braço direito do polêmico diretor do Teatro Oficina, José Celso Martinez
Corrêa, reuniu a “fina-for” da Augusta, como costuma brincar, no elenco:
antigos e atuais atores da companhia Uzyna Uzona, misturado há alguns atores
iniciantes. Alem de figurinistas, cenógrafos, produtores, iluminadores, músicos do
Uzyna Uzona, que começaram a agregar o time, agora uma co-produção do Teatro
Oficina.
A escolha do texto começou entre inúmeras leituras até a empatia
logo de primeira, com o Anão de Plinio Marcos, um texto suave, diferente dos
demais do autor, sem perder a ironia, o deboche e a tragédia sempre presente em
sua obra. Uma trupe de um pobre circo cigano, que sobrevive a duras penas, é
acusado de dar animais para o leão comer, esse já velho e desnutrido, o ex-belo
Platão. Quem faz a acusação é a primeira dama da cidade, Dona Ciloca, perua e
cheia de sí, humilha as pessoas sem dó nem piedade, acompanhada pelos seus assessores puxa
sacos, e pelo seu marido, o prefeito Nicanor, que não tem
muita autoridade com a patroa, apenas ajuda a tirar um dinheirinho por fora, cobrando
taxas aleatórias do circo, para que eles possam se instalar na cidade.
Com a acusação o quiproquó está armado: Dona Ciloca e sua “gangue”
acaba achando as roupas no Anão Janjão na jaula do leão, surge um delegado
corrupto e sem escrúpulos, que decide as coisas na base da tortura física e
logo resolve o caso culpando um dos ciganos pelo suposto assassinato do Anão. Como
sempre sobra pro mais fraco, o homossexual/negro do circo é torturado, acusado
e preso. Mas será que realmente houve um assassinato?
Assim, Plinio faz uma crítica a política, a policia, a homofobia
e a sociedade em geral. Nada mais atual!
Depois de alguns meses no Studio 184, realizamos o rito do dia
23 de dezembro, aniversário de morte do irmão de Zé Celso, Luis Antônio, apresentando o Anão no Teatro Oficina, e prosseguimos
temporada a partir de 25/01/2012..
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