O Assassinato do Anão do Caralho Grande promove esta semana suas últimas três sessões em Brasília com o deboche, ironia e cores fortes que caracterizam a obra de Plínio Marcos. Sob a direção do ator e diretor Marcelo Drummond, a trama policial mistura sarcasmo, violência e humor para falar de preconceitos numa sociedade cada vez mais focada no comportamento politicamente correto. A peça tem realização do Teat(r)o Oficina – ao qual Drummond está ligado há 27 anos – e será apresentada nos dias 13/09 (20h), 14/09 (20h) e 15/09 (19h), na Caixa Cultural Brasília.
Em cena, Adriana Viegas, Acauã Sol, Camilla Rios, Carolina Henriques, Danielle Rosa, Glauber Amaral, Igor Marotti, Mariano Mattos Martins, Pedro Uchoa, Rafaela Wrigg, Rodrigo Fidelis e Tony Reis dão vida à história sobre a invasão ao Gran Circus Atlas, administrado por um grupo de ciganos mambembes. Acusando a trupe de alimentar o leão Platão com gatos e cachorros, a sociedade local e o delegado da cidade entram numa perseguição aos artistas, que acabam sendo envolvidos no assassinato do anão Janjão, cujo maior “talento” era ter um pênis de tamanho exagerado.
O Assassinato do Anão do Caralho Grande foi a sexta peça assinada sozinha pela direção de Marcelo Drummond, que já estrelou importantes montagens do Oficina Uzyna Uzona, como “Ham-let” e “Bacantes”, entre muitas outras. A última vez em que esteve em Brasília foi em 2010 com o projeto “Dionisíacas em Viagem”, que incluía quatro peças dirigidas por José Celso Martinez Corrêa (e com sua codireção). Atualmente está em cartaz em São Paulo com “Cacilda!!! Glória no TBC – Capítulo 1”, escrita e dirigida por ele e Zé Celso. O Assassinato do Anão do Caralho Grande estreou no final de 2011 na capital paulista e cumpriu temporadas em diferentes teatros da cidade. Chega agora a Brasília para curta temporada popular que termina no próximo domingo.
Dezembro de 2011
Ao lado dos mestres
Marcelo Drummond e Emerson Danesi, braço direito dos diretores Zé Celso e Antunes Filho, falam de suas companhias
por Por Redação
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Foto Nino Andrés
Marcelo Drummond (esq.) e Emerson Danesi. Os braços direitos de seus mestres, os diretores Zé Celso e Antunes Filho.
Se hoje Emerson Danesi acumula participações em diversas edições do Prêt-à-Porter, é professor do CPTzinho – curso de introdução ao método do o Centro de Pesquisa Teatral (CPT) - e se declara o braço direito de Antunes Filho, teve que percorrer um longo caminho até conquistar essa posição. Desde seu teste para entrar na companhia, em 1996, foram anos de aprendizado e uma gradual conquista da confiança do lendário diretor.
Já Marcelo Drummond, hoje primeiro ator do Teatro Oficina, literalmente esbarrou em Zé Celso, em 1986, no Rio de Janeiro. Apaixonados, os dois mudaram-se para São Paulo e escreveram uma história conjunta no teatro. Hoje, mesmo separados, continuam a parceria nos palcos.
Emerson e Marcelo, que em 2011 completam 15 e 25 anos nas respectivas companhias, falam a seguir sobre o CPT e o Teatro Oficina, no documentário CPT 25 Anos (filmado em 2008 por alunos do curso de Cinema Digital da Universidade Metodista de São Paulo) e em um trecho do documentário que integra os DVDs “Festival Teat(r)o Oficina”.
CPT 25 anos
Teatro Oficina