Quem matou Janjão, o anão do circo cigano? Qual o motivo do crime? Houve, realmente, um crime?

O Assassinato do Anão do Caralho Grande é um texto de Plínio Marcos dirigido por Marcelo Drummond que destila humor, sarcasmo e “verdades” politicamente incorretas para contar a história em torno da perseguição a um grupo de artistas mambembes, acusados de um inusitado assassinato. A mulher do prefeito comanda a invasão ao Gran Circus Atlas, administrado por um grupo de ciganos que são acusados de alimentar o leão Platão com gatos e cachorros, e do assassinato do anão Janjão, cujo maior “talento” era ter um pênis de tamanho exagerado.

AGENDA 2013

Data: De 06 a 15 de setembro de 2013
Local: Caixa Cultural Brasília – SBS Quadra 04, Lote ¾, ed Anexo da Matriz (Tel : 61. 3206 6456 – bilheteria)
Horário: Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h
Ingresso: Ingressos: R$ 20,00 (valor da inteira). Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, funcionários e clientes CAIXA e doadores de alimentos, roupas, brinquedos etc.
Duração do espetáculo: 1h20
Classificação etária: 14 anos

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Rafaela Wrigg, idealizadora da montagem, fala como foi o caminho até chegar ao Anão.

Foto: Gisela Schlögel


Para descrever como nasceu a idéia do espetáculo O Assassinato do Anão do Caralho Grande, sinto necessidade de voltar no tempo e contar primeiro minha história com o Teatro Oficina. Para isso utilizarei um trecho da Apresentação da minha monografia “Tudo a Fazer, Todos a fazer: estudo das diferentes formas de presença do coro no espetáculo Cacilda! de José Celso Martinez Corrêa”, que defendi em 2005, me formando em Teoria do Teatro pela UNI RIO.  Lá descrevo:
“O primeiro contato que tive com a obra de Zé Celso e o Teatro Oficina se deu em 1997 quando, ainda aluna em um curso profissionalizante de ator, me foi designada a tarefa de apresentar um trabalho sobre o grupo. Mas ao tomar contato com sua obra, não a atual, pois meu trabalho abordava seu teatro apenas até o exílio de Zé Celso em 1974, fiquei impressionada com o ideário e realizações do grupo e principalmente com as opiniões e o modo peculiar de Zé Celso se expressar.
No ano seguinte, 1998, Zé Celso trouxe alguns de seus trabalhos mais recentes para o Rio de Janeiro, e eu pude então conhecer o que o Teatro Oficina Uzyna Uzona estava produzindo na década de 90. O primeiro espetáculo a que assisti foi Taniko, no Teatro Planetário (hoje Maria Clara Machado). É difícil falar sobre essa primeira impressão. Um misto de admiração e desapontamento, pois achei Taniko um espetáculo bonito, mas suave.
Após minhas leituras dos textos críticos sobre a obra de Zé Celso e de suas próprias palavras sobre suas pretensões, eu esperava algo mais violentamente contestatório. Mas eu havia lido sobre o Oficina da década de 60/70 e o que eu via agora era o Uzyna Uzona, que tinha percorrido um longo caminho durante as décadas de 80 e 90. Porém, o que eu pude compreender mais tarde é que o que eu havia gostado em Taniko, apesar de ter outras expectativas, foram elementos que, naquele momento, eu não podia perceber inteiramente. Como, por exemplo, a figura de Marcelo Drummond, que neste primeiro contato provocou em mim um misto de incômodo e admiração. (...)
Alguns dias depois, eu assisti a Pra dar um fim no juízo de Deus, no Centro Cultural Hélio Oiticica, e então me encantei com o trabalho do grupo. A partir deste espetáculo, consegui compreender Taniko e Marcelo, que tem aqui uma atuação excepcional, unindo vigor e sutileza.”
Depois disso, passei a assistir todas as peças do grupo, vindo a São Paulo regularmente. Participei de Workshops, ensaios abertos, palestras, etc. O Oficina passou a ser uma referência fortíssima no meu trabalho. Passei a admirar profundamente o trabalho do Marcelo, tanto como ator, que considero um dos melhores, senão o melhor do Brasil. Sem rasgação de seda. Quem me conhece sabe que falo isso desde 1998. Mas também como diretor. Tive a oportunidade de ver alguns de seus espetáculos, como: Os Malefícios do Tabaco e O Assalto. E foi crescendo a vontade de trabalhar com ele.
Em 2010 as Dionizíacas passaram pelo Rio e foi como um furacão na minha vida. Ter a oportunidade de conviver e ver as pessoas que eu admirava tanto no trabalho, quanto no bar, maravilhosos encontros na Lapa, fizeram tudo mudar. Passei um mês em São Paulo participando das Dionizíacas daqui. E foi nesse momento, durante uma festa, que conheci o Fioravante Almeida, ex-ator do Oficina. Ficamos amigos e quando me mudei prá São Paulo, esse ano, começou a nascer a idéia de chamar o Marcelo para dirigir um espetáculo. Fiquei empolgadíssima e, por incrível que pareça, ele topou. Fizemos algumas leituras até chegar nesse texto, sugerido pelo Fioravante. Mas a primeira vez que lemos o Anão (apelido carinhoso), bateu. Apesar de precisar de vários atores e da falta de patrocínio, o desejo falou mais alto. A partir de então as pessoas foram chegando aos poucos, pessoas que o Marcelo tinha vontade de trabalhar, pessoas que tinham vontade de trabalhar com o Marcelo, e umas pessoas foram chamando outras e, de repente, a peça aconteceu. 

Um comentário:

  1. Poxa, louco pra conferir a montagem, mas moro a 3 mil km de Sampa. Li as duas versões do Plínio (peça e novela) e delirei. Demais da conta. Merda pro elenco. Paulo Jorge Dumaresq.

    ResponderExcluir


Foto Claire Jean